sábado, 31 de janeiro de 2009

Oficina G3 na VEJA - Edição 2098 4/2/2009


CABELUDOS E TATUADOS, MAS BONS MENINOS

Um conselho para quem depara com os integrantes do Oficina G3: desconsidere as tatuagens, os cabelos compridos e o som pesado, que fazem com que o grupo angarie fãs até entre os adoradores do Metallica. Juninho Afram (guitarra), Duca Tambasco (baixo), Jean Carllos (teclados) e Mauro Henrique (vocais) são bons meninos. Tanto que levam mulher e filhos para os ensaios. O quarteto, que existe há vinte anos, tem uma postura aberta. Divide o palco com católicos e até com grupos chegados a um misticismo – em 2001, eles tocaram no Rock in Rio, na mesma noite que o Iron Maiden. E Depois da Guerra, seu mais recente CD, foi produzido por Marcello Pompeu e Heros Trench, do cavernoso grupo de rock Korzus. "Pompeu e Trench não mexeram no nosso discurso. E são boas pessoas, seja lá qual for a religião deles", diz Carllos. A banda vende em média 150 000 cópias de cada disco, mas não há prece que lhe dê chance nas FMs. "Um locutor chegou a dizer que nem recebendo jabá tocaria uma banda que falasse em Deus", afirma Afram. Falta mesmo um santo forte.