Bruce Dickinson falou com o blog Lonely Planet sobre sua outra atividade: piloto de aviões comerciais.
Por que um cara que vendeu 85 milhões de discos resolveu arrumar um emprego como piloto comercial?
Queria experimentar colocar as mãos em algo maior que meu aviãozinho particular. Infelizmente, não posso ter meu aeroporto e um jumbo privado, como John Travolta, então pensei em arrumar um trabalho no meio. Mas nunca esperei voar em linhas aéreas, queria algo menor. Mas há dez anos, consegui e aqui estou, como capitão.
O que você mais gosta na vida de piloto?
Você está em um lugar diferente, é mantido vivo por esse pequeno casulo de alumínio, motor de pistão e combustível. É uma besta mecânica e você tem que cuidar de tudo. Tem horas que se pensa: “Eu não deveria estar aqui! Isso é um milagre”. Ainda tenho essa sensação cada vez que me aproximo de um avião. Há algumas manhãs horríveis em que temos que voar. Acordamos uma da manhã, quando ninguém está de pé. Está frio e tudo é coberto por gelo. Mas estamos ali.
Alguma similaridade com cantar no Iron Maiden?
Quanto estou voando, não me dou ao luxo de colocar os pés para cima e ficar sonhando. Sempre há algo a se fazer. É a mesma coisa quando se está em frente a cem mil pessoas. Corro no palco durante duas horas e ainda tenho outras coisas a fazer. Tenho 30 páginas de letras passando pela minha cabeça e preciso interagir com a platéia. Nem dá para ficar admirando e pensando o quanto aquilo é legal.